Esse artigo investiga a prática dos Poetry Slams na cidade de Aracaju a partir da ótica da estética relacional conforme abordada por Nicolas Bourriaud no âmbito da arte contemporânea.

Este trabalho abrange uma investigação que busca compreender a associação entre coletivos artísticos e espaços públicos na realidade situada de Aracaju, compondo uma cartografia que abarque os diversos atores implicados e suas controvérsias nos processos de disputa no território urbano.

Esta pesquisa consiste em uma breve atualização de pesquisa anterior, que tratava do cenário sergipano de quadrinhos a partir da observação do evento HQ Festival que ocorreu entre 2003 e 2011, contando com várias edições neste recorte de tempo.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a poesia e enquanto possibilidade metodológica para o fazer antropológico. A partir do campo teórico que se consolidou na
Antropologia enquanto Estudos de Performance, a pesquisa aborda a escrita enquanto uma ação
descolonizadora, por meio de performances poéticas realizadas em saraus de rua e em Slans, em Aracaju, a partir de uma experiência sensorial. A trajetória que vai do
uso da poesia em primeira pessoa à construção de narrativas antropológicas, evidenciando
como essas linguagens, para além de suas dimensões artísticas, quando encaradas como ações políticas emancipadoras comportam um potencial gerador de rupturas e,
consequentemente, criador de uma ciência que não segrega tampouco compreende as vivências como formas subjetivas de conhecimentos.