Esta pesquisa traça um olhar sobre o estado da poética do artista Fábio
Sampaio na paisagem urbana, através da análise do vaivém da cidade com
suas intervenções, investigando suas influências na prática comunicacional
aplicada à cidade de Aracaju. No contexto contemporâneo que se vive, a
ocupação do espaço público pela arte contribui fortemente para a definição da
imagem da cidade que o artista faz com bastante propriedade.

Esse trabalho é voltado para pesquisa artística em volta do corpo nu feminino, o corpo gordo nu.
Essa pesquisa tem como objetivo, primeiramente de um eu, a própria pesquisadora, gorda, que não
conseguia ver seu corpo representado na televisão e nas fotos. Por fim, o contato com o Feminismo
Interseccional me possibilitou também o encontro com grupos de gordo ativismo, aqueles aos quais
a temática se insere no empoderamento e discussão sobre a pauta gorda dentro do movimento.

Em sua etimologia, Êxodo significa emigração, saída. Neste encontro de Gabi Etinger e Victor Balde, onde ambos tratam de gravuras, a primeira com a xilo e o segundo com fotografia, há um estreito diálogo entre as linguagens em questão. Podemos até afirmar que ela “migram”, uma para o universo da outra.

O Tarô Brasilêro é uma forma de contar múltiplas histórias,
“pedrinhas miudinhas” da cultura brasileira que possuem
importância para construção de uma identidade diversa. As
cartas são aguçadoras de curiosidade para que jovens e
adultos mergulhem nas histórias e correlações de cada carta.
As ilustrações dos arcanos maiores fluem entre personagens
folclóricos, religiosos, políticos e lugares de minha memória
afetiva. Acima de tudo, o Tarô Brasilêro é sobre como eu
observo e me construo enquanto ser-brasileiro.

Em Contos escritos com faca, eu escrevo com palavras cortantes, de um lirismo vulgar, com
expressões que trazem ao leitor a matéria da vida, do amor, do sofrimento. São fragmentos que
envolvem referências a acontecimentos autobiográficos, como também personagens ficcionais
elaborados a partir de minhas experiências. Não há limites claros entre o que é real e o que é
imaginário. Escritos sobre paixões, drogas, violência e luto sem meias metáforas.

Esta história aconteceu há muitos e muitos anos, na cidade de Ale
xandria, no Egito. Nas terras do rio Nilo, vivia uma princesa tão

bonita… tão bonita que o pôr do sol não se atrevia a competir com
tamanha beleza. A princesa Catarina, filha do rei Costus e da rainha
Sabina, além de encantadora, era inteligentíssima.

CECÍLIA, loira e com camisola perolada, fuma sentada no sofá
próximo a uma pequena varanda envidraçada. Cecília bate as
cinzas na borda do cinzeiro sobre suas coxas, leva o cigarro à
boca e traga-o profundamente, soltando a fumaça lentamente.
A CAMPAINHA toca.
Cecília ergue-se com o cigarro numa mão e o cinzeiro na outra,
caminha até a porta principal do apartamento e checa no olho mágico. Segue até a COZINHA