A potência do “não-ser” nas paisagens urbanas noturnas dos filmes ‘Toda uma Noite’ e ‘Sábado à Noite’
Por meio de uma análise comparativa, refletiremos acerca de uma possível potência do “não-ser” presente nas paisagens urbanas noturnas dos filmes Toda uma noite (1982) e Sábado à noite (2007), ambos pertencentes ao que se convencionou chamar de “Cinema de Fluxo”. Partindo das reflexões de Aumont (2004), relativas ao modo de representação da natureza durante o séc. XIX, até o encontro com a proposta de uma “Metafísica da Noite” feita por Bachelard (2018), apresentaremos uma leitura da exploração da materialidade destas paisagens, proporcionada pela estética de fluxo, segundo Oliveira Jr. (2010), como vestígios de uma força ontológica capaz de retornar o humano e a paisagem às suas condições primordiais de substância.